TRUPE ORTAÉTICA CRIA PROJETO VOLTADO PARA JOVENS REFLETIREM SOBRE MERCADO DE TRABALHO
A Trupe Ortaética tem relação direta com o universo do trabalhador principalmente por atuar nas periferias da cidade, com jovens trabalhadores e adolescentes que sonham em ingressar no mercado de trabalho. Nosso coletivo já abordou a informalidade do trabalho no Brasil e o empreendedorismo de homens e mulheres em algumas de nossas produções.
Durante 5 anos, de nossos 17 anos de atuação, atuamos com trabalhadores metalúrgicos e como resultado de uma das oficinas de teatro do oprimido, produzimos o espetáculo “TRABALHAR É PRECISO, SONHAR É OBRIGAÇÃO” onde os atores puderam exprimir seus anseios frente ao mercado de trabalho, bem como suas angústias e conquistas diante dos direitos trabalhistas.
Recentemente a Trupe Ortaética celebrou a trajetória dos migrantes nordestinos com espetáculo/intervenção cênica “NOR(destinos)” na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo à convite da frente parlamentar de direitos do povo nordestino. Na ocasião abordamos a precarização do mercado de trabalho, as oportunidades aos cidadãos sertanejos do interior do país na cidade grande e a sensibilidade das famílias que migram para nossa cidade.
Toda base ideológica de nosso teatro social se ampara no teatro do oprimido, do teatrólogo brasileiro Augusto Boal, que em toda sua trajetória também realizou diversas oficinas teatrais com trabalhadores rurais, empregados dos grandes centros urbanos e trabalhadores de sub-empregos que lutam diariamente para garantirem o sustento de suas famílias.
Em recente pesquisa com nossos integrantes, constatamos que 80% dos presentes tem familiares desempregados. Esses fazem parte da triste estatística de nosso país que tem atualmente mais de 13 milhões de pessoas desempregadas. As perspectivas de novas oportunidades e como isso interfere diretamente na economia do país estão atreladas ao nosso epicentro temático do projeto.
O projeto artístico/cultural aqui apresentado visa impactar diretamente as escolhas desses jovens e principalmente a ampliação de seu repertório de vida para melhor preparo intelectual, corporal, expressivo, dialógico e relacional enquanto cidadão crítico, profissional em formação e candidato ao mercado de trabalho, de modo que analise as relações de poderes, os meandros de diferentes instituições e a política global de mercado, antes mesmo de sua escolha para sua futura profissão.
Muito mais complexo do que os comuns e rasos testes vocacionais; os conteúdos da oficina têm como princípio empoderar o jovem para suas escolhas e mais do que isso, alicerçar seu projeto de vida e percurso para atingir seus objetivos.
É inegável a característica social de nosso projeto artístico por se tratar de juventudes que possuem espírito protagonista, mas que em muitos casos são acolhidas pelo poder paralelo do tráfico de drogas e de caminhos ilícitos. A arte tem o poder de acolher com afeto e potência esses jovens, bem como restaurar outros tantos adolescentes que só precisam de uma oportunidade e amparo para trilharem um caminho do bem.
De forma poética nossos “espectatores” atuarão e ao mesmo tempo se verão na obra teatral que será criada, como uma vitrine de seus anseios, sonhos, angústias e protestos em relação ao universo do trabalho em seus mais variados aspectos. Desde a comicidade de detalhes do cotidiano de diferentes profissões até dilemas éticos, jurídicos, individuais e coletivos perpassam o fio condutor da dramaturgia que será fruto das experiências vividas e contadas em grupo.
Outros pilares indispensáveis do processo criativo planejado é a relação de opressão criada em muitas instituições, bem como formatos contemporâneos do que chamamos de “neoescravidão” em que direitos são negligenciados e os trabalhadores são meras mercadorias ou até mesmo função braçal à mando do lucro que corrompe poderosos. Esses e outros subtemas comporão a encenação que explorará elementos de teatro físico e metalinguagem para escancarar bastidores da cadeia produtiva no Brasil.
Dentre as muitas ações poéticas do percurso criador desse trabalho artístico está a “CÁPSULA DO TEMPO” onde os participantes criarão painéis de possibilidades em relação às suas escolhas de vida e as mesmas serão armazenadas em local escolhido pelo grupo.
Desde a concepção de “ócio criativo” do filósofo Domênico Da Masi até os estudos de novos parâmetros da convivência humana e da sociedade por meio da visão biopolítica, que compreende políticas públicas que tratam da gestão e do controle tanto da vida quanto da morte, proposta pelo filósofo Michel Foucault são conceitos básicos para nossa teia de retalhos poéticos em cena.
Principalmente por estarmos situados num dos bairros com maior índice de vulnerabilidade social da cidade de São Paulo, nossa práxis artística se dá inevitavelmente através do viés da potência da periferia e do legado dos cidadãos comuns que constroem a pujança da maior metrópole do Brasil.
Durante 5 anos, de nossos 17 anos de atuação, atuamos com trabalhadores metalúrgicos e como resultado de uma das oficinas de teatro do oprimido, produzimos o espetáculo “TRABALHAR É PRECISO, SONHAR É OBRIGAÇÃO” onde os atores puderam exprimir seus anseios frente ao mercado de trabalho, bem como suas angústias e conquistas diante dos direitos trabalhistas.
Recentemente a Trupe Ortaética celebrou a trajetória dos migrantes nordestinos com espetáculo/intervenção cênica “NOR(destinos)” na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo à convite da frente parlamentar de direitos do povo nordestino. Na ocasião abordamos a precarização do mercado de trabalho, as oportunidades aos cidadãos sertanejos do interior do país na cidade grande e a sensibilidade das famílias que migram para nossa cidade.
Toda base ideológica de nosso teatro social se ampara no teatro do oprimido, do teatrólogo brasileiro Augusto Boal, que em toda sua trajetória também realizou diversas oficinas teatrais com trabalhadores rurais, empregados dos grandes centros urbanos e trabalhadores de sub-empregos que lutam diariamente para garantirem o sustento de suas famílias.
Em recente pesquisa com nossos integrantes, constatamos que 80% dos presentes tem familiares desempregados. Esses fazem parte da triste estatística de nosso país que tem atualmente mais de 13 milhões de pessoas desempregadas. As perspectivas de novas oportunidades e como isso interfere diretamente na economia do país estão atreladas ao nosso epicentro temático do projeto.
O projeto artístico/cultural aqui apresentado visa impactar diretamente as escolhas desses jovens e principalmente a ampliação de seu repertório de vida para melhor preparo intelectual, corporal, expressivo, dialógico e relacional enquanto cidadão crítico, profissional em formação e candidato ao mercado de trabalho, de modo que analise as relações de poderes, os meandros de diferentes instituições e a política global de mercado, antes mesmo de sua escolha para sua futura profissão.
Muito mais complexo do que os comuns e rasos testes vocacionais; os conteúdos da oficina têm como princípio empoderar o jovem para suas escolhas e mais do que isso, alicerçar seu projeto de vida e percurso para atingir seus objetivos.
É inegável a característica social de nosso projeto artístico por se tratar de juventudes que possuem espírito protagonista, mas que em muitos casos são acolhidas pelo poder paralelo do tráfico de drogas e de caminhos ilícitos. A arte tem o poder de acolher com afeto e potência esses jovens, bem como restaurar outros tantos adolescentes que só precisam de uma oportunidade e amparo para trilharem um caminho do bem.
De forma poética nossos “espectatores” atuarão e ao mesmo tempo se verão na obra teatral que será criada, como uma vitrine de seus anseios, sonhos, angústias e protestos em relação ao universo do trabalho em seus mais variados aspectos. Desde a comicidade de detalhes do cotidiano de diferentes profissões até dilemas éticos, jurídicos, individuais e coletivos perpassam o fio condutor da dramaturgia que será fruto das experiências vividas e contadas em grupo.
Outros pilares indispensáveis do processo criativo planejado é a relação de opressão criada em muitas instituições, bem como formatos contemporâneos do que chamamos de “neoescravidão” em que direitos são negligenciados e os trabalhadores são meras mercadorias ou até mesmo função braçal à mando do lucro que corrompe poderosos. Esses e outros subtemas comporão a encenação que explorará elementos de teatro físico e metalinguagem para escancarar bastidores da cadeia produtiva no Brasil.
Dentre as muitas ações poéticas do percurso criador desse trabalho artístico está a “CÁPSULA DO TEMPO” onde os participantes criarão painéis de possibilidades em relação às suas escolhas de vida e as mesmas serão armazenadas em local escolhido pelo grupo.
Desde a concepção de “ócio criativo” do filósofo Domênico Da Masi até os estudos de novos parâmetros da convivência humana e da sociedade por meio da visão biopolítica, que compreende políticas públicas que tratam da gestão e do controle tanto da vida quanto da morte, proposta pelo filósofo Michel Foucault são conceitos básicos para nossa teia de retalhos poéticos em cena.
Principalmente por estarmos situados num dos bairros com maior índice de vulnerabilidade social da cidade de São Paulo, nossa práxis artística se dá inevitavelmente através do viés da potência da periferia e do legado dos cidadãos comuns que constroem a pujança da maior metrópole do Brasil.
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