CulturAtiva oferece oficinas gratuitas de palhaço
Descobrir o
palhaço que cada um tem dentro de si. No mês de março, a Prefeitura de
Guarulhos e a Secretaria de Cultura, por meio do Programa CulturAtiva,
oferecem novos módulos da oficina “O Ser Palhaço”, no Teatro Nelson
Rodrigues, na Vila Galvão, e no Adamastor Centro, no Macedo. Destinada a
adultos e jovens com idade a partir de 16 anos, as oficinas são
gratuitas e não têm limite de idade para participação.
No Teatro Nelson Rodrigues, os encontros
semanais acontecem às quartas-feiras, das 14h às 17h. Já no Adamastor,
as oficinas acontecem aos sábados, das 9h às 12h. Os encontros são
oferecidos em módulos semestrais e as vagas são limitadas a 20 pessoas
por turma.
Para se inscrever, os interessados devem acessar o link https://goo.gl/forms/Cg4vfptYaFpDbVr03.
Para conhecer outras oficinas oferecidas pelo Programa CulturAtiva,
como Contação de Histórias, Criação de Site e Blog, Dança do Ventre,
Iniciação Teatral na 3ª Idade, entre outras, acesse: http://portaleducacao.guarulhos.sp.gov.br/portal/
De acordo com o arte-educador Kin Yokoyama, as oficinas têm como principal objetivo levar o grupo de participantes possíveis visões, percepções e a descoberta dessa criatura tão confusa que habita em cada um de nós: o palhaço. Para tanto, o jovem e entusiasmado educador explica que, ao longo da oficina, são utilizadas inúmeras estratégias metodológicas, como dinâmicas de teatro canto, dança, interpretação e improviso, exercícios de triangulação, olhar, estímulos de audição e confiança.
De acordo com o arte-educador Kin Yokoyama, as oficinas têm como principal objetivo levar o grupo de participantes possíveis visões, percepções e a descoberta dessa criatura tão confusa que habita em cada um de nós: o palhaço. Para tanto, o jovem e entusiasmado educador explica que, ao longo da oficina, são utilizadas inúmeras estratégias metodológicas, como dinâmicas de teatro canto, dança, interpretação e improviso, exercícios de triangulação, olhar, estímulos de audição e confiança.
O fio da meada
O professor Kin, mais conhecido pela
alcunha do palhaço Kindym, explica que, ao longo dos encontros, cada
participante vai desenvolvendo habilidades individuais para encontrar o
fio da meada, ou seja, encontrar as características que vão compor sua
personagem, a partir daquilo com o que mais se identifica, independente
do local onde vai atuar no futuro, se no picadeiro, teatro de rua ou em
hospitais: “Nos primeiros meses de curso, oferecemos vários leques de
possibilidades de diferentes técnicas, para que as pessoas possam
simpatizar com algumas delas e construir seu personagem a partir daí”.
De acordo com Kindym, ser um bom palhaço
exige um olhar diferenciado para o dia a dia, um olhar cheio de amor,
uma habilidade que pode ser desenvolvida com treino. Nessa perspectiva, a
proposta vai muito além de estudar a figura do palhaço para tornar-se
um palhaço, antes, descobrir todo o potencial adormecido em cada um.
Descobrindo o seu palhaço
O resultado dessa busca pelo “ser palhaço”
já impactou sobremaneira a forma como os participantes passaram a
encarar não apenas o cotidiano e a sociedade, mas também a si
mesmos. Fernanda Ferreira de Souza, de 16 anos, é quem dá vida à palhaça
Aurora. Estudante do 3º ano do Ensino Médio na EE Dom Paulo Rolim
Loureiro, Fernanda conta que decidiu fazer o curso de palhaço como forma
de aprimorar seus estudos em artes cênicas, e agora acumula duas
grandes paixões: “Hoje, posso dizer que sou uma pessoa completamente
diferente por causa da palhaçaria, pois a descoberta do ser palhaço é
muito mais sobre você, sobre autoconhecimento e evolução. Com absoluta
certeza, as oficinas têm me ajudado a crescer pessoalmente,
profissionalmente e a entender como lidar com minhas limitações”.
Estudante do curso técnico de teatro do
Senac, Luísa Silva, de 18 anos, é aluna do curso de teatro da Cia DRT,
em Guarulhos, já há 4 anos. A palhaça de Luísa, a Selma Semolina,
expressa a grande devoção da jovem por diferentes artes expressivas,
como o teatro e a dança: “Antes eu acreditava que o palhaço era uma
figura misteriosa, mas quando comecei a ler sobre isso, descobri que ele
é muito mais verdadeiro, pois se baseia no amor, no voltar a ser
criança. O palhaço permite que você seja você mesmo, a Selma Semolina
nada mais é que eu mesma, no palco, mostrando meu amor para o público,
uma experiência única e linda”.
O escrivão de polícia Havaí Inácio, de 48
anos, é o palhaço Pantin Garapa, personagem que celebra bastante
experiência com o nariz vermelho, mas que mesmo assim, decidiu procurar a
oficina de palhaço para dar continuidade ao aprendizado: “Quem tem o
palhaço dentro de si, não se cansa de aprender, é momento de renovar a
energia e compartilhar conhecimentos com as outras pessoas, o palhaço
nunca está pronto, ele está sempre se construindo”.
Para aqueles que ainda têm dúvidas se a
Oficina de Palhaço é um caminho a seguir, o palhaço Pantin Garapa deixa
importante recado: “A oficina vai te proporcionar aprendizados para toda
a vida e vai te dar outra visão do mundo, do respeito às pessoas, a
possibilidade de levar amor e carinho para outras pessoas, é realmente
transformador deixar a criança que temos em nós florescer”.
Poeta, Ator, Músico, figurinista,
cenógrafo e palhaço (clown), KinYokoyamapossui trajetória permeada por
sua participação emelencos de diversas companhias de São Paulo e
Guarulhos, atuando também como roteirista e produtor em performances
teatrais e intervenções artísticas. Atuou ainda no laboratório Poético
“Dissertando no Balcão”, no Projeto “Hospitalegre”, Cia. Teatral Circo
Nosso de Cada Dia, Escola Naniko`SCircus, e com a formação na Linguagem
do Teatro de Rua e também em cursos específicos com Ésio Magalhães
(Barracão Teatro de Campinas).
Por Carla Maio
Publicado em 26/02/2019, às 14:33
Editado em 26/02/2019, às 15:12
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