Em artigo inédito no Jornal Guarulhos Hoje discorro sobre VOCAÇÃO E POLÍTICA


Em meu primeiro artigo de 2019, inicio mais uma jornada de reflexões partindo pela alegria de fazer aquilo que dispara nosso coração, nossa vocação e nossa participação política na perspectiva de um mundo melhor. Boa leitura. 

TATO VOCACIONAL
Eu sempre gostei de política, mas nunca ninguém me ensinou a gostar, é uma questão interior e de consciência pessoal, por entender que é também através da política que se pode mudar os rumos de um país.
Minha mãe diz que puxei pro meu falecido avô José Alves, mesmo não tendo tido a oportunidade de conhecê-lo; um sertanejo que há mais de 70 anos atrás no interior de Caruaru - Pernambuco sempre se envolvia com política, numa época de um Brasil rude, (não muito diferente do atual) aquele senhor sempre fazia questão de mostrar a todos a sua escolha e o porquê dela. Essa identidade que tenho com a política talvez esteja no meu DNA.
Lembro-me de um fato político muito marcante na minha infância, quando no dia 02 de Outubro de 1992, na saída da escola eu corri para casa na ansiedade peculiar não para assistir algum desenho novo; mas para acompanhar o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor; evidentemente na ingenuidade de criança eu não entendia muito o que estava acontecendo,  tentava entender, mas sabia que era algo muito importante daquela época e me atentava que se todos adultos estavam comentando era algo muito impactante para o futuro do país.
Desde a adolescência sempre fui audiência dos horários eleitorais gratuitos no rádio e na TV, gosto de analisar TODOS os candidatos, reconhecer seus pontos fortes, seus pontos fracos e ler cada biografia; acho bonito quem se doa à uma causa, quem coloca sua experiência, seu legado, sua história e toda sua energia à servir sua cidade, seu estado ou seu país.
Sempre li planos de governo e propostas de diferentes candidatos, mesmo com todo esse envolvimento pessoal com política, cultivei durante muitos anos aversão à partidos políticos.
Demorei cerca de 30 anos para me identificar com algum partido e sou feliz pela minha escolha. Não existe caminho fácil, não existe entidades perfeitas, vivemos um período factual de demonização perigosa e injusta que colocam todos os políticos na mesma vala do senso comum; não devemos medir todos pelo senso rasteiro dos péssimos políticos, dos políticos sujos, das ratazanas do poder; como em toda área, sempre irá existir os bons e os maus; do mesmo modo que existem bons médicos e péssimos médicos, existem bons políticos que são comprometidos com a noção de servir à população e as velhas raposas que não tem nada a oferecer senão seu olhar maquiavélico.
Encerro essa reflexão com as sábias palavras do meu colega de profissão, professor Mário Sérgio Cortella “Muita gente acha que política é uma coisa e cidadania é outra, como garfo e faca; e não é. Política e cidadania significam a mesma coisa” 
Tiago Ortaet


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