CULTURA CURA O RETROCESSO - REFLEXÃO


Recentemente o governo Temer editou a medida provisória 841/2018 que destinava verbas das loterias federais para a segurança pública, muitos poderiam pensar “poxa, muito boa a iniciativa, afinal o país vive uma fase de muita insegurança” seria uma medida positiva se essa verba não fosse retirada da cultura e do esporte, sim meus caros, originalmente essa verba seria destinada para as pastas da cultura e do esporte e a mudança causou indignação em diferentes setores artísticos, esportivos e culturais em todo o país.
Coletivos artísticos das periferias do país, artistas em começo de carreira e projetos culturais de inclusão social são atores sociais que carecem de incentivo governamental para ampliar suas ações, esses massificamente não se sentem representados por posturas como as que tem se perpetrado país afora.
Não demorou muito e o governo federal recuou, mantendo as verbas para onde tinham sido combinadas inicialmente. O papel preponderante das manifestações por todo o país deu a tônica dos passos do governo. Nosso papel de cidadania efetiva nos garante livre participação política, independentemente de partidos políticos, nas decisões dos rumos do nosso país.
Em pleno século XXI ainda é preciso explicar o óbvio de que cultura e esporte trazem desenvolvimento humano, social e econômico para uma nação que se proponha a ser um país desenvolvido. Os benefícios de projetos sócio-culturais e sócio-esportivos são grandiosos principalmente entre crianças e jovens, projetos que ampliam os horizontes, apontam novos caminhos, oferecem oportunidades novas, construção de identidade, formação cultural e de cidadania, inclusive no combate ao crime e a violência nas grandes periferias do país.
Para o filósofo e antropólogo francês Edgar Morrin “é preciso ensinar a compreensão humana” e nenhuma plataforma é mais dialógica do que a cultura para esse desafio atual. Diante da sabedoria e análise oportuna de suas palavras “... para uma melhor compreensão da realidade, para entender quem somos, que você é um ser complexo, que eu sou um ser complexo, não podemos estar reduzidos a um único aspecto da personalidade, para saber que a sociedade é complexa, para entender a globalização. Acredito que é sim necessário um pensamento assim, senão temos um pensamento mutilado, o que é muito grave, porque um pensamento mutilado leva a decisões erradas ou ilusórias.” portanto para afloramento de novas ideias, novos pensadores que reflitam com ainda mais apreço o mundo em que vivemos havemos de oferecer mais cultura a todas as gerações que estão por vir; pela cultura de paz, ela é capaz de ser um antídoto contra a violência.
Tiago Ortaet

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