Carta ao Professor José Paiva (Diretor da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto)
Prezado Professor José Paiva
Começo essa breve carta de agradecimento pensando numa frase que me disse no ultimo dia de congresso “Esse congresso já não é mais meu, é de toda gente” também sinto que nos apropriamos desse encontro com todo carinho, pois sabemos que tivemos, temos e sempre teremos espaço para o diálogo.
Sei que ao seu lado há uma competente equipe de realizadores, que juntos fazem o congresso acontecer. Da Catarina a Inez, todos são muito importantes e sempre merecedores das palmas que receberam no jantar de encerramento.
Foi uma satisfação conhecer sua filha e rever sua esposa, quando fores ao Brasil conhecerá minha família.
Leio minha passagem pelo encontro como um elo entre artista e academia, entre aluno e professor, entre uma coisa e outra, como disse Fernando Hernandez o “in bet win”. Além disso, faço outras considerações; cada um de nós, desde Cabo Verde, passamos a ser personagens ativos de debate; cada um a seu modo, com suas experiências e repertórios de vida, em consonância para proposições em arte/educação.
Sua iniciativa de realizar esse encontro é louvável e por isso devemos zelar para que encontros como este possam frequentemente acontecer, que sejam anuais ou bienais. Como disse um dos investigadores numa roda de conversa da qual eu estava “esse encontro não tem a rigidez que geralmente se tem em outros encontros acadêmicos pelo mundo” ele é de maior proximidade com os participantes, de mais contato, mais relacional e isso o torna imprescindível.
Mas faço uma critica construtiva; ele ainda pode caminhar para ser além de acadêmico, mais artístico, com mais confluências artísticas, intervenções das mais variadas naturezas, performatizando as teorias, enfim, fazendo pensar de várias formas do que somente o texto, a palavra. Proponho-me a tudo isso.
Estou disposto a criar esse lócus na próxima edição que orgulhosamente será no Brasil. Teremos a oportunidade de sermos anfitriões e tenha certeza que não vamos desapontar.
A morabeza Caboverdiana e a simpatia Portuguesa foram marcas já registradas nas duas primeiras edições; que venha a ousadia Brasileira. Além do que Moçambique me parece forte candidata para sediar a quarta edição, porém isso fica para maturar ano que vem.
Agradeço imensamente pela oportunidade desses dois encontros de debater a arte que se faz na escola, nas instituições, pela experiência de conhecer duas diferentes culturas e espaços de criação artística. Não descarto a possibilidade de ainda vir estudar em vossa universidade que me pareceu bastante inquietante.
Lhe enviarei pelo correio um DVD com todas as fotos que fiz do encontro, inclusive aquelas em que o senhor estava a brincar na mesa do jantar de encerramento. Ficou muito giro!
Grande abraço e até breve!
São Paulo, 06 de Abril de 2012
Tiago Ortaet
Começo essa breve carta de agradecimento pensando numa frase que me disse no ultimo dia de congresso “Esse congresso já não é mais meu, é de toda gente” também sinto que nos apropriamos desse encontro com todo carinho, pois sabemos que tivemos, temos e sempre teremos espaço para o diálogo.
Sei que ao seu lado há uma competente equipe de realizadores, que juntos fazem o congresso acontecer. Da Catarina a Inez, todos são muito importantes e sempre merecedores das palmas que receberam no jantar de encerramento.
Foi uma satisfação conhecer sua filha e rever sua esposa, quando fores ao Brasil conhecerá minha família.
Leio minha passagem pelo encontro como um elo entre artista e academia, entre aluno e professor, entre uma coisa e outra, como disse Fernando Hernandez o “in bet win”. Além disso, faço outras considerações; cada um de nós, desde Cabo Verde, passamos a ser personagens ativos de debate; cada um a seu modo, com suas experiências e repertórios de vida, em consonância para proposições em arte/educação.
Sua iniciativa de realizar esse encontro é louvável e por isso devemos zelar para que encontros como este possam frequentemente acontecer, que sejam anuais ou bienais. Como disse um dos investigadores numa roda de conversa da qual eu estava “esse encontro não tem a rigidez que geralmente se tem em outros encontros acadêmicos pelo mundo” ele é de maior proximidade com os participantes, de mais contato, mais relacional e isso o torna imprescindível.
Mas faço uma critica construtiva; ele ainda pode caminhar para ser além de acadêmico, mais artístico, com mais confluências artísticas, intervenções das mais variadas naturezas, performatizando as teorias, enfim, fazendo pensar de várias formas do que somente o texto, a palavra. Proponho-me a tudo isso.
Estou disposto a criar esse lócus na próxima edição que orgulhosamente será no Brasil. Teremos a oportunidade de sermos anfitriões e tenha certeza que não vamos desapontar.
A morabeza Caboverdiana e a simpatia Portuguesa foram marcas já registradas nas duas primeiras edições; que venha a ousadia Brasileira. Além do que Moçambique me parece forte candidata para sediar a quarta edição, porém isso fica para maturar ano que vem.
Agradeço imensamente pela oportunidade desses dois encontros de debater a arte que se faz na escola, nas instituições, pela experiência de conhecer duas diferentes culturas e espaços de criação artística. Não descarto a possibilidade de ainda vir estudar em vossa universidade que me pareceu bastante inquietante.
Lhe enviarei pelo correio um DVD com todas as fotos que fiz do encontro, inclusive aquelas em que o senhor estava a brincar na mesa do jantar de encerramento. Ficou muito giro!
Grande abraço e até breve!
São Paulo, 06 de Abril de 2012
Tiago Ortaet
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