Ler e escrever (texto de Tiago Ortaet)
artista: Marcus Cornelius Escher (Holandês) |
Ler e escrever – ação cultural
A escrita é indispensável em todas as disciplinas escolares,
todas as áreas do conhecimento; uma ferramenta de comunicação muito poderosa. A
necessidade de comunicação é intrínseca ao ser humano.
Um profissional que domina seu idioma pátrio é sobretudo um
profissional capaz de se articular melhor na defesa de ideias e projetos.
A leitura está infinitamente associada à boa escrita, pois à
medida que lemos aumentamos nosso repertório de experiências e nosso
vocabulário.
Diante da competência leitora e escritora do ser humano
passa também a oralidade do ato de transmissão da leitura/escrita.
O envolvimento do ser humano com as linguagens artísticas
expande as relações de leitura e explora diferentes olhares acerca de um mesmo
objeto seja ele artístico ou não; o que permite argumentações diversas.
Falar bem demanda envolvimento permanente com sua formação e
autonomia, gosto por descobrir o significado das palavras; todo escritor/leitor
é um descobridor.
Como bem reflete o professor, gramático e filósofo Evanildo Bechara
a língua é como uma roupa, determinado estilo cabe em determinada situação. Não
é convencional que se vista camiseta regata e bermuda para acompanhar um baile
de formatura; do mesmo modo que não convém vestir-se de smoking para acompanhar
uma partida de vôlei de praia. Nas distintas ocasiões de uso da língua
portuguesa também é assim; numa situação de proximidade, intimidade e amizade
entre os pares não necessitamos utilizar os padrões de norma culta da língua
portuguesa; cabendo expressões mais coloquiais, informais. Já do lado oposto,
numa reunião com os diretores de uma empresa, a formalidade exige se apropriar
de outras referencias linguística, pois o cenário é outro.
Todo esse ciclo de aprendizado, essa tríade de evolução do
ser humano em escrita, leitura e oralidade deve se dá desde os primeiros anos
de vida na orientação e incentivo da família a criança; o zelo pelos estudos e
a curiosidade em aprender coisas novas também é responsabilidade do estudante na
condução desse aprendizado e tudo isso acaba sendo mediado pelos professores da
escola.
Vamos a algumas possibilidades de estrutura textual: A construção
de um texto carece de informações mínimas e o seguimento da norma culta da
língua portuguesa para comunicar as intenções do escritor aos leitores: Antítese
– tese – síntese
Pressupõe a introdução do assunto abordado, ou seja,
parágrafo que inicie sua explanação de modo a causar curiosidade ao leitor.
A tese é o desenrolar do assunto, onde o escritor aprofunda
as discussões, faz comparativos, apontamentos e expõe outras referências e análises mais detalhadas.
A síntese é o momento conclusivo ou pelo menos de
considerações finais sobre o tema abordado.
Outra estrutura indispensável é aquela em que o texto
responde as seguintes questões: O que? Quem? Quando? Onde? Como? Por que?
Nos próximos textos discutiremos em sala de aula outras
considerações para além do texto no papel.
Professor Tiago Ortaet
Março de 2012
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