RELEITURA DOS PARANGOLÉS DE HÉLIO OITICICA - Prof. Ortaet na EMEF Frei Galvão
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Performatizando as aulas de arte |
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ESPÉCIES AMBULANTES PELOS CORREDORES DA ESCOLA |
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EXCESSOS COMO ACESSOS - Professor Ortaet e cia |
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Retalhos com roupas esquecidas da comunidade escolar |
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PARANGOLÉS NO AR |
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UM PROFESSOR EM CENA |
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NOS BASTIDORES DO ATELIÊ DE ARTES DO PROFESSOR TIAGOORTAET
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Sambistas da Escola de Samba Vai Vai (SP) usam "Parangolés" originais de Helio Oiticica. Foto de divulgação de Gui Paganini.
“Agitação súbita ou alegria inesperada.” Era o significado de parangolé na gíria dos morros cariocas nos anos 60. Era tanto o burburinho de uma roda de samba quanto o susto de uma batida policial. Mas para o artista plástico Hélio Oiticica parangolés eram capas de algodão ou náilon, com poemas em tinta sobre o tecido. Em repouso, quando estavam fechadas, lembravam “as asas murchas de um pássaro”, segundo o poeta Haroldo de Campos. Bastava alguém vesti-las e abrir os braços para que se confundissem com uma “asa-delta para o êxtase”, percebeu o poeta.”
Os parangolés de
Hélio Oiticica deveriam ser de todos os brasileiros? Acho que esta foi uma pergunta que muitos fizeram neste sábado ao saber do incêndio que destruiu quase 90% do acervo do artista, que já foi chamado de
O Brasileiro do Século em sua área.
E o fato nos fez pensar aqui em casa na medida que o Estado deve intervir para proteger o acervo cultural de nosso país. Será que as obras deveriam estar sob os cuidados do Estado ao invés de ficar com a família (e
O Globo afirmava hoje que havia um impasse entre governo e herdeiros, que se manifestaram
aqui). Há algumas semanas li num especial de final de semana do Valor Econômico uma reportagem que contava dos pequenos furtos, de ilustrações históricas e outros objetos de valor, mas que ficam meio perdidos nos acervos de museus públicos brasileiros, e esmiuçava o mercado negro que funciona em torno das obras de arte brasileiras. Triste, muito mais do que enredos de novela com Debrets falsificados.
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