LANÇAMENTO OFICIAL DA TRUPE ORTAÉTICA DE TEATRO ESTUDANTIL - clique aqui para conhecer o site do COLETIVÃO DE ARTES
HISTÓRICO DO GRUPO
O grupo surgiu em Janeiro de 2008, da idéia de atender crianças e adolescentes dentro de um Centro de Atendimento Biopsicossocial, a partir das ações educativas do Arte/Educador Tiago Ortaet , na época inserido numa equipe multidisciplinar (Psicólogos, Assistentes Sociais e Arte/Educadores) em regime de atendimento familiar sistêmico, através de encaminhamentos dos Conselhos Tutelares Jaçanã/Tremembé e Santana/Tucuruvi, ambos na Zona Norte de São Paulo, com os quais eram mantidas parcerias.
As famílias encaminhadas pelos órgãos de proteção eram vitimizadas pela vulnerabilidade social e outras seqüelas familiares como envolvimento com drogas, evasão escolar e conflitos das mais diversas naturezas. Ao passarem por uma triagem, que além de um bate-papo, também respondiam algumas questões teorizadas na obra do Filósofo Pierry Bordeaux (Ethos, Hábitus), essas famílias eram convidadas a integrarem as aulas teatrais com abordagem social.
Inicialmente a Trupe Ortaética de Teatro Comunitário era composta unicamente por seu fundador e maior idealizador das abordagens de arte num espaço até então dominado pela psicologia e assistência social. A visão apregoada era de que as pessoas tinham que ter a arte como um espaço de reflexão, mas todas elas não seriam ali, vistas por seus problemas, como rotineiramente ocorria, mas sim pelas suas habilidades e competências.
Vencendo a resistência de alguns profissionais da entidade e tendo ali uma coordenação de olhar expandido, a arte ganhou espaço pela interdisciplinaridade. A força primeira desse projeto de arte/educação foi sem dúvida, de sublinhar a humanidade nos detalhes do cotidiano.
Após contínuos estudos e pesquisas, em diferentes teorias, ficou mais saliente a nossa pré-disposição de nos embasar nos escritos teatrais do teatrólogo Augusto Boal, com sua metodologia do “Teatro do Oprimido” não apenas pelo ambiente “Biopsicossocial” ao qual estávamos inseridos, mas também pela estética adotada para o trabalho.
Práticas e experimentos foram degustados como performances de rua e intervenções urbanas com os mais de 30 alunos freqüentes dos encontros semanais.
Nas turmas de estudantes, também estiveram jovens abrigados, jovens em liberdade assistida (L.A.) e crianças com deficiências mentais leves (Síndrome de Dall e depressão), porém sempre buscamos e tivemos suporte conceitual, especializado de profissionais da equipe, CAP´s AD e órgãos competentes.
Encerrado o ciclo de estréia do projeto artístico e didático, mas não menos experimental da companhia, foi dada a largada para um segundo semestre ainda mais intenso e ousado, pois agora receberíamos também adultos de todas as idades, uma vez que a intenção era que as famílias se reunissem para pensar arte. Pensando arte estariam buscando conhecer-se melhor, estariam coexistindo com as dificuldades, podendo muitas vezes nesse processo, conhecer a solução de alguns dos seus problemas por elas mesmas.
Novos temas eram propostos pelos alunos das oficinas, que nessa fase já somavam 100 pessoas, entre pais, mães, tias, avós e netas. Famílias inteiras reunidas em exercícios dinâmicos e estratégicos.
Os temas eram discutidos coletivamente, utilizados em jogos teatrais, em exercícios de artes plásticas individuais, levadas às ruas e praças da cidade de maneira performática e intervencionista no trajeto das pessoas dos bairros próximos e compartilhada as experiências e olhares em grupos de debates após essas encenações; transformando saberes, tornando real uma arte-manifesto.
O trabalho sempre foi comunitário, por essa premissa acolhíamos todos interessados, desde dentistas a faxineiras, desde andarilhos a estudantes, de atores a recepcionistas, de jornalistas a jornaleiros, de professores a alunos; essa sempre foi uma característica importante da nossa ação: A pluralidade, a diversidade, construindo um teatro social.
No segundo ano de atuação a Trupe Ortaética passou a ter contornos de grupo de estudos interdisciplinares, tendo como mote o teatro. Nessa nova fase do projeto, ao longo de todo ano de 2009, foram mais de 400 alunos freqüentes nos 11 grupos formados. Nosso maior desafio seria de produzir o primeiro espetáculo da companhia, mas havia de ser temas relevantes sociais.
A força do trabalho frutificou e no primeiro semestre, após meses de preparação estreamos o Espetáculo PERFEIÇÃO num auditório em São Paulo para mais de 1000 pessoas, entre familiares, amigos e convidados dos alunos da Trupe.
No semestre seguinte, já tínhamos conquistado um importante patrocínio que nos possibilitou ter novas oficinas, novos espetáculos e ainda mais vagas para ensinar a arte de interpretar às pessoas que não pudessem pagar por um curso.
O projeto tornou-se um complexo programa cultural, só em 2009 foram produzidos 5 grandes espetáculos, 02 mega eventos de encerramento do semestre titulados de “FORMARAU” e dezenas de performances de rua explorando o vídeo-arte.
O grupo sempre teve a preocupação de produzir vídeos documentais do processo de criação dos trabalhos realizados, a cada semestre de três a seis vídeos são editados e exibidos em sessão solene-popular para centenas de cidadãos envolvidos com a proposta do grupo.
Em 2010 aumentamos ainda mais nossa oferta de vagas para cursos gratuitos de teatro às mais diversas comunidades de São Paulo, disponibilizamos novas oficinas como contação de histórias, malabares, percussão corporal, iniciação musical, cenário, fotografia, dramaturgia, além de palestras com artistas nacionais e internacionais, graças a nossa ousada busca por colaboradores voluntários e parcerias com empresas que apóiam atividades culturais.
Não somos simplesmente uma companhia teatral produtora de espetáculos e pesquisadora de técnicas das artes cênicas, embora saibamos da complexidade de nossa proposta, temos o compromisso social enraizado em nosso objetivo primeiro de ser um DEMOCRATIZADOR CULTURAL levando nossa arte a todas as classes sociais, sobretudo uma arte/educação comunitária.
O grupo surgiu em Janeiro de 2008, da idéia de atender crianças e adolescentes dentro de um Centro de Atendimento Biopsicossocial, a partir das ações educativas do Arte/Educador Tiago Ortaet , na época inserido numa equipe multidisciplinar (Psicólogos, Assistentes Sociais e Arte/Educadores) em regime de atendimento familiar sistêmico, através de encaminhamentos dos Conselhos Tutelares Jaçanã/Tremembé e Santana/Tucuruvi, ambos na Zona Norte de São Paulo, com os quais eram mantidas parcerias.
As famílias encaminhadas pelos órgãos de proteção eram vitimizadas pela vulnerabilidade social e outras seqüelas familiares como envolvimento com drogas, evasão escolar e conflitos das mais diversas naturezas. Ao passarem por uma triagem, que além de um bate-papo, também respondiam algumas questões teorizadas na obra do Filósofo Pierry Bordeaux (Ethos, Hábitus), essas famílias eram convidadas a integrarem as aulas teatrais com abordagem social.
Inicialmente a Trupe Ortaética de Teatro Comunitário era composta unicamente por seu fundador e maior idealizador das abordagens de arte num espaço até então dominado pela psicologia e assistência social. A visão apregoada era de que as pessoas tinham que ter a arte como um espaço de reflexão, mas todas elas não seriam ali, vistas por seus problemas, como rotineiramente ocorria, mas sim pelas suas habilidades e competências.
Vencendo a resistência de alguns profissionais da entidade e tendo ali uma coordenação de olhar expandido, a arte ganhou espaço pela interdisciplinaridade. A força primeira desse projeto de arte/educação foi sem dúvida, de sublinhar a humanidade nos detalhes do cotidiano.
Após contínuos estudos e pesquisas, em diferentes teorias, ficou mais saliente a nossa pré-disposição de nos embasar nos escritos teatrais do teatrólogo Augusto Boal, com sua metodologia do “Teatro do Oprimido” não apenas pelo ambiente “Biopsicossocial” ao qual estávamos inseridos, mas também pela estética adotada para o trabalho.
Práticas e experimentos foram degustados como performances de rua e intervenções urbanas com os mais de 30 alunos freqüentes dos encontros semanais.
Nas turmas de estudantes, também estiveram jovens abrigados, jovens em liberdade assistida (L.A.) e crianças com deficiências mentais leves (Síndrome de Dall e depressão), porém sempre buscamos e tivemos suporte conceitual, especializado de profissionais da equipe, CAP´s AD e órgãos competentes.
Encerrado o ciclo de estréia do projeto artístico e didático, mas não menos experimental da companhia, foi dada a largada para um segundo semestre ainda mais intenso e ousado, pois agora receberíamos também adultos de todas as idades, uma vez que a intenção era que as famílias se reunissem para pensar arte. Pensando arte estariam buscando conhecer-se melhor, estariam coexistindo com as dificuldades, podendo muitas vezes nesse processo, conhecer a solução de alguns dos seus problemas por elas mesmas.
Novos temas eram propostos pelos alunos das oficinas, que nessa fase já somavam 100 pessoas, entre pais, mães, tias, avós e netas. Famílias inteiras reunidas em exercícios dinâmicos e estratégicos.
Os temas eram discutidos coletivamente, utilizados em jogos teatrais, em exercícios de artes plásticas individuais, levadas às ruas e praças da cidade de maneira performática e intervencionista no trajeto das pessoas dos bairros próximos e compartilhada as experiências e olhares em grupos de debates após essas encenações; transformando saberes, tornando real uma arte-manifesto.
O trabalho sempre foi comunitário, por essa premissa acolhíamos todos interessados, desde dentistas a faxineiras, desde andarilhos a estudantes, de atores a recepcionistas, de jornalistas a jornaleiros, de professores a alunos; essa sempre foi uma característica importante da nossa ação: A pluralidade, a diversidade, construindo um teatro social.
No segundo ano de atuação a Trupe Ortaética passou a ter contornos de grupo de estudos interdisciplinares, tendo como mote o teatro. Nessa nova fase do projeto, ao longo de todo ano de 2009, foram mais de 400 alunos freqüentes nos 11 grupos formados. Nosso maior desafio seria de produzir o primeiro espetáculo da companhia, mas havia de ser temas relevantes sociais.
A força do trabalho frutificou e no primeiro semestre, após meses de preparação estreamos o Espetáculo PERFEIÇÃO num auditório em São Paulo para mais de 1000 pessoas, entre familiares, amigos e convidados dos alunos da Trupe.
No semestre seguinte, já tínhamos conquistado um importante patrocínio que nos possibilitou ter novas oficinas, novos espetáculos e ainda mais vagas para ensinar a arte de interpretar às pessoas que não pudessem pagar por um curso.
O projeto tornou-se um complexo programa cultural, só em 2009 foram produzidos 5 grandes espetáculos, 02 mega eventos de encerramento do semestre titulados de “FORMARAU” e dezenas de performances de rua explorando o vídeo-arte.
O grupo sempre teve a preocupação de produzir vídeos documentais do processo de criação dos trabalhos realizados, a cada semestre de três a seis vídeos são editados e exibidos em sessão solene-popular para centenas de cidadãos envolvidos com a proposta do grupo.
Em 2010 aumentamos ainda mais nossa oferta de vagas para cursos gratuitos de teatro às mais diversas comunidades de São Paulo, disponibilizamos novas oficinas como contação de histórias, malabares, percussão corporal, iniciação musical, cenário, fotografia, dramaturgia, além de palestras com artistas nacionais e internacionais, graças a nossa ousada busca por colaboradores voluntários e parcerias com empresas que apóiam atividades culturais.
Não somos simplesmente uma companhia teatral produtora de espetáculos e pesquisadora de técnicas das artes cênicas, embora saibamos da complexidade de nossa proposta, temos o compromisso social enraizado em nosso objetivo primeiro de ser um DEMOCRATIZADOR CULTURAL levando nossa arte a todas as classes sociais, sobretudo uma arte/educação comunitária.
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