POESIA ÁCIDA DO Professor Ortaet
LÂMINA
Rejeito é meu direito
Revigoro é meu defeito... Talvez!
Chego de jeito mais uma vez
Aos velhos de guerra meu leito vazio
Aos meus algozes minha presença presente
Aos meus olheiros minha fuga
Aos meus cinegrafistas meu rastro
Ao meu filho meu amor-elétrico
Nessa tarde cheia de bichos me deito
Chega de pus
Chega de lodo
Cadê minha luz do tempo todo?
Chega assim com o estado ofegante bem perto de mim
O corte que foi feito é raso a ponto de pegar a epiderme da alma
Não quero status se o meu antônimo é uma estátua velha
Não Nero se meu Deus mitológico é um abajur de luz bem fraca
Não verso o inferno se para mim meu Deus é o gesto pequeno, o mais simples, inesperado
Não gero o enigma de mim se muitas vezes nem me encontro
Não nego que o meu raiar mais iluminado é o olhar de meu filho
Não rezo uma vida seguida no trilho, por que sou míope o bastante para me permitir perde-lo sempre que quiser.
Em tese da vida... Suspeito
Minha música soa baixinho, mas grita dentro de mim
Minha letra é meu pleito.
Assim viro mais essa página
Boa noite!
Tiago Ortaet
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