"JOÃO MENINO AMÉM" um manifesto poético sofre a violência. Texto de Tiago Ortaet
Corri pela casa toda, desesperado a procura de minha arma para atingir esse peso doído demais que se fixou em mim e parece me coagir, me intimidar, me botar medo e me fazer de refém... Já tremulo encontrei minha arma sem tinta e sem tampa na bolsa de meus dias, a outra arma que procurava encontrei uma sem folha e a outra rabiscada demais...
Ainda mais impotente, tornei-me alvo fácil das lágrimas justas que juraram não ser as ultimas, mas deixou um sentimento velho de impunidade.
Recorri as solitárias teclas de um computador para inflamar o que de fato já estava em pus, minha vergonha de fazer parte de um mundo como este não me dava direito de me reservar na intolerância de meus pensamentos furiosos perante aos fatos da sociedade, que impiedosamente caminha para um revés inimaginável.
Tem horas que penso que este mundo está sendo veiculado em seus últimos capítulos...
Estou em transbordamento, perco o ar e sem exageros, fico por um tris de sair gritando pelos submundos marginais.
Minha indignação tamanha, chega a doer no peito. Os poderes parecem operar em conluio indireto a uma sociedade canibalesca que me amedronta.
Por mais que sempre tivesse a certeza de que sou sensível às energias do mundo, nunca pensei que o excesso de fatos torpes fossem anestesiar meu corpo como aconteceu, mas de tudo, pude certificar-me que minha mente, embora atingida, possui imunidade a anestesia e assim combatente e convalescida segue aos berros representando o que sou, não sei até que ponto agüento, mas insistirei sempre.
A repugnância ao mesmo tempo em que é remédio vivo de meu grito social, também envenena meus versos, contra a minha vontade, que já não mais são doces, como outrora foram, o amargo que as noticias insistem em empurrar garganta a baixo, trava meu lirismo.
Que Deus possa socorrer-nos e que enquanto ele nos der o livre arbítrio os alvos sejam apenas de dardos em brincadeiras de crianças, se é que poderemos te-las ao nosso lado.
Tiago Ortaet
Numa noite fria de verão, estupefato pelo frio dos corações vazios de 2007.
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Ainda mais impotente, tornei-me alvo fácil das lágrimas justas que juraram não ser as ultimas, mas deixou um sentimento velho de impunidade.
Recorri as solitárias teclas de um computador para inflamar o que de fato já estava em pus, minha vergonha de fazer parte de um mundo como este não me dava direito de me reservar na intolerância de meus pensamentos furiosos perante aos fatos da sociedade, que impiedosamente caminha para um revés inimaginável.
Tem horas que penso que este mundo está sendo veiculado em seus últimos capítulos...
Estou em transbordamento, perco o ar e sem exageros, fico por um tris de sair gritando pelos submundos marginais.
Minha indignação tamanha, chega a doer no peito. Os poderes parecem operar em conluio indireto a uma sociedade canibalesca que me amedronta.
Por mais que sempre tivesse a certeza de que sou sensível às energias do mundo, nunca pensei que o excesso de fatos torpes fossem anestesiar meu corpo como aconteceu, mas de tudo, pude certificar-me que minha mente, embora atingida, possui imunidade a anestesia e assim combatente e convalescida segue aos berros representando o que sou, não sei até que ponto agüento, mas insistirei sempre.
A repugnância ao mesmo tempo em que é remédio vivo de meu grito social, também envenena meus versos, contra a minha vontade, que já não mais são doces, como outrora foram, o amargo que as noticias insistem em empurrar garganta a baixo, trava meu lirismo.
Que Deus possa socorrer-nos e que enquanto ele nos der o livre arbítrio os alvos sejam apenas de dardos em brincadeiras de crianças, se é que poderemos te-las ao nosso lado.
Tiago Ortaet
Numa noite fria de verão, estupefato pelo frio dos corações vazios de 2007.
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Comentários
quem não gostaria de ser sua aluna? parabenss!
suzana aparecida