Destino, destino meu, existe alguém mais complicada do que eu?

Quem nunca ouviu falar em destino? Alguns acreditam, alguns desacreditam, e alguns, apenas desconfiam. Há quem crê nos horóscopos da vida, oráculos, cartomantes, videntes, e há quem acredita fazer o próprio destino. É apenas ler, e descobrir em qual você mais se encaixa. 

Se você faz o seu próprio destino, então não existe destino? E se existe destino, de que adianta eu me mexer?.  "Se eu ficar parado, nada acontece, mas se eu for a luta e não tiver de acontecer, não acontecerá?".

Estoicismo, livre-arbítrio, carma, epicurismo, predestinação, cada qual acredita de uma forma, e a cada outro com ideias opostas, cabe apenas a não interferência. Fato é que nunca ninguém vai conseguir chegar a uma resposta final, pois certamente, muitas coisas não devem ser completamente entendidas, uma vez que, se fossem debulhadas por completo, o que seria das outras gerações? Note que das conclusões, tudo vai depender muito da cultura, chegando a várias ideias, mas nenhuma, certa por completo (pelo menos, sempre aparece uma questão polêmica, por aqueles que não acreditam da mesma forma, que é tentada ser atenuada, tudo uma forma de dizer que foi a única explicação que conseguiu ter a Verdade em si, e que ninguém jamais o fará igual).

Vamos tentar chegar a uma dessas questões polêmicas, e para isso, tomarei posse das mais variadas teorias.  Olá Juliana, olá Rafael! Pois bem, se seu nome estava aqui,"confie, foi tudo obra do destino". Mesmo para os mais céticos, de acordo com a ciência, se você viu seu nome escrito em um blog, em um artigo cujo tema é destino, acredite você em destino ou não, seu cérebro automaticamente acreditará que ver seu nome aqui, é algo especial. Por mais que não seja. Mas não, não foi por destino, foi apenas porque Juliana e Rafael são nomes comuns, portanto, a chance de que algum leitor (ou leitora) seja Juliana ou Rafael, são grandes.

Ainda, imagine que na Mega Sena, os números sorteados serão: 01, 02, 03, 04, 05 e 06. Estranhará?  "Mas a chance de dar uma sequência dessas é estatisticamente a mesma de sair uma que o cérebro entende como mais comum, tipo 06, 13, 17, 27, 45 e 54. A diferença é que a nossa mente adora padrões." (reportagem da revista Superinteressante) . E quem sabe isso não acontece em nossa vida, também. Qualquer situações que ocorrem conosco, acreditamos logo que tem algo superior motivando isso. Bem se vê, que nosso cérebro é a causa disso tudo. "O problema é que nosso cérebro tem um defeito congênito: ele é programado para encontrar sentido em qualquer coisa, inclusive para a existência. "

Enquanto isso,  (e voltamos para aquelas todas teorias: estoicismo, livre-arbítrio, carma, epicurismo, predestinação) contradizendo a ciência há seculos de teorias para explicar que tudo tem seu motivo, ou não. De forma rápida (e grotesca, inclusive), passaremos por todas elas; o estoicismo defendia que não dá para escapar do que estiver reservado para você; o livre-arbítrio é aquela velha história de podermos fazer o que bem entendermos, sabendo que haverá consequências depois; o carma diz, de certa forma, que o que fizemos na vida passada respingará sobre nossa vida "atual" [se é que somos como ioiô]; o epicurismo afirmava que a existência de tudo é o caos; a predestinação afirma que mesmo antes de nascer, Deus escolhe aqueles que serão bons ou ruins, que irão para o inferno, ou para o céu.A teologia muçulmana também procura explicar "Deus tem o pré-conhecimento de todas as escolhas que tomaremos, mas não nos obriga a tomá-las; sabe tudo o que vai acontecer, mas não provoca os acontecimentos", conforme Sami Arrmed Isbelle, diretor da Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio de Janeiro. Claro leitor, que são tradições milenares, que não caberá jamais nem à mim, nem à você, julgá-las. No máximo, entendê-las e respeitá-las.

Sem podermos ainda, esquecer de Jean-Paul Sartre. Para ele, acreditar em um futuro com cartas marcadas equivalia a escapar da responsabilidade de tomar decisões. 

E junto com esse filósofo existencialista, está o artista e aluno do 2ºA Alan Aguiar , que defende com unhas e dentes que "O destino é a gente quem faz", e que "Não adianta esperar que nada caia do céu. Se você quer casar com alguém, uma hora ou outra, você casará. Imagine e acontecerá". Esse artista, ainda não tão conhecido, acaba por se render a teoria da Sincronicidade, , "Termo cunhado por Carl Gustav Jung para sua teoria de que tudo no universo estava interligado por um tipo de vibração, e que duas dimensões (física e não física) estavam em algum tipo de sincronia, que fazia certos eventos isolados parecerem repetidos, em perspectivas diferentes." (conforme artigo no site Somos todos um). 

Pois é, depois dessa conversa filosófica, é necessário que encerremos com uma conclusão. Conforme artigo de José Francisco Botelho e Alexandre Versignassi, da revisa Superinteressante   "Nada está escrito. Mas tudo está escrito. "


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